A pouco mais de um mês publicamos aqui no blog da ConsorcioCred que o Banco Santander havia sido o primeiro dos grandes bancos a elevar a taxa mínima do financiamento imobiliário. Agora, no inicio de setembro, a grande maioria dos grandes bancos aumentaram as taxas cobradas nessa linha de crédito.
As constantes altas na taxa Selic vem mostrando na prática o reflexo que foi previsto no final de 2020 por nós, dizendo que os aumentos futuros da taxa Selic viriam a aumentar as taxas do financiamento imobiliário.
Antes a ideia de que se houve-se alta na taxa básica de juros as taxas cobradas no financiamento iriam subir ficavam só na teoria. Hoje, já podemos ver isso na prática.
A taxa Selic e o financiamento
A Taxa Selic hoje está em 5,25% ao ano. Esse número é a referência dos juros no Brasil. Um índice que interfere em todas as outras taxas de juros, dentre elas, aquelas que os bancos cobram no financiamento imobiliário.
E quem decide o valor dessa taxa? A Selic é estabelecida pelo Copom, o Comitê de Política Monetária, que se reúne para definir se a taxa de juros irá aumentar, diminuir ou se manter.
Ela foi definida em 5,25% no dia 4 de agosto de 2021,como já foi dito, pelo Copom, que decidiu subir a taxa 4,25% para 5,25% – a quarta alta consecutiva que, surpreendentemente, foi maior que as altas anteriores.
Quando a Selic sobe, sobe também o número de pessoas que tiram seu dinheiro da poupança e passam a investir nos chamados papéis públicos, já que os mesmo estão rendendo mais.
Com menos recurso disponível na poupança, mais caro ficam as taxas, uma vez que o principal recurso que os bancos tem para o crédito imobiliário é a poupança.
Considerando as afirmações acima, é possível entender o porque do aumentos nas taxas mínimas do financiamento imobiliário nos principais bancos do Brasil após os recentes aumentos na Selic.
Quais são as novas taxas?
A ConsorcioCred fez uma pesquisa nos principais bancos do país e vai mostrar para vocês o valor das novas taxas de acordo com uma simulação de financiamento realizada no dia 09/09/2021. A simulação se refere a compra de um imóvel usado no valor de R$400.000,00 com uma entrada de R$80 mil financiado por 360 meses através do sistema clássico de amortização.
Banco Santander
O Banco Santander elevou a taxa mínima de financiamento imobiliário em um ponto percentual, passando de 6,99% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), para 7,99% a.a. mais TR. Com isso, o Banco Santander se torna o primeiro dos grandes bancos a elevar a sua taxa mínima de financiamento imobiliário desde que o Banco Central deu início ao ciclo de ajustes na taxa básica de juros, em março deste ano.

Banco Itaú
A modalidade crédito imobiliário tradicional foi para 7,30% ao ano + TR para clientes Private e Personalitté, e 7,80% ao ano para clientes Agências e Uniclass. A taxa anterior começava em 6,9% ao ano. Atualmente, a TR está zerada.

Banco Bradesco
O Bradesco, por sua vez, elevou sua taxa de juros na modalidade atrelada à TR. Houve um aumento de 0,2 ponto percentual em todas as categorias de clientes. Agora, os juros partem 7,3% a.a. para clientes com menos relacionamento com o banco.

Banco do Brasil
No Banco do Brasil as taxas partem agora de 6,55% ao ano + TR. Em nota, o banco informou os ajustes pontuais em algumas de suas linhas se dão após as últimas reuniões do Copom. Anteriormente a taxa era 6,39% ao ano + TR.

Caixa Econômica Federal
A Caixa aumentou suas taxas em 0,5 ponto porcentual a partir de hoje. A taxa de juros para clientes com relacionamento com o banco passaram de 6,25% a 7,3% ao ano para 6,75% a 7,8% ao ano.
